terça-feira, 29 de julho de 2008
ECO TURISMO NA COSTA RICA
A Costa Rica é um paraíso natural com cerca de 6% da biodiversidade do nosso planeta!
Banhada pelos Oceanos Pacífico e Atlântico possui praias de sonho, florestas virgens e vulcões em actividade.
É morada permanente de mais de 200 espécies de mamíferos, cerca de 1.500 espécies de orquídeas e de árvores, mais de 190 tipos de bromélias, mais de 7.000 espécies de plantas e arbustos, cerca de 900 espécies de aves nativas, mais de 35.000 espécies de insectos (com cerca de 2.000 espécies de borboletas diurnas e cerca de 4.500 nocturnas), pelo menos 160 espécies de anfíbios, cerca de 220 espécies de répteis e um pouco mais de 1.000 espécies de peixes, entre muitos outros seres.
Neste pequeno país situado entre a Nicarágua e o Panamá existem várias opções para passar férias. Nós preferimos as mais ecológicas!
Das 24 Reservas Indígenas criadas pelo governo apenas meia dúzia conserva vivos os costumes e tradições ancestrais, como as crenças, as cerimónias e os idiomas.
Maleku é uma tribo da Costa Rica localizada na Reserva Indígena de Guatuso, no norte do país.
Cerca de 600 indígenas habitam os três “palenques”, Sol, Margarita e Tonjibe.
Actualmente, a economia desta comunidade assenta na venda de artesanato (em todas as famílias existe pelo menos um artesão) e de alguns projectos de turismo ecológico e cultural.
As casas típicas, os “ranchos” foram substituídas por moradias mais modernas oferecidas pelo governo (não respeitando os costumes da tribo, como o fogo, presença permanente, indispensável e sagrada em todas as moradias, ou o costume de enterrar os mortos dentro de casa, no chão de terra).
No entanto, ainda é possível desfrutar e sentir a boa energia da natureza transposta para a construção tradicional à base de bambu e folhas de palmeira.
A sua dieta é bastante saudável e equilibrada, mas recentemente tem sofrido alterações dramáticas com a globalização e com a destruição dos recursos naturais.
O prato preferido dos Malekus continua a ser fruta, vegetais, raízes e tubérculos, e peixe. A caça tem vindo a diminuir radicalmente, o que se deve essencialmente, à ameaça de desaparecimento de muitas espécies. Entre elas, os próprios Malekus, pois também enfrentam um grave problema genético por serem poucos e os laços familiares já não permitirem o matrimónio e os filhos dentro da tribo.
Recentemente, com receio de que a desflorestação e a globalização acabem por destruir o que lhes resta de mais sagrado, os Malekus resolveram partilhar alguns tesouros da sua herança cultural.
Abriram aos turistas as portas das suas casas, dos seus corações e das suas tradições.
Todos estes projectos fazem parte de uma visão ecológica orientada para a protecção e conservação quer dos recursos naturais, muitos deles ameaçados de extinção, quer da herança cultural, além da própria sobrevivência económica da comunidade.
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